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Text 14

VERSO 14

Devanagari

Devanagari

यावन्न जायेत परावरेऽस्मिन्
विश्वेश्वरे द्रष्टरि भक्तियोग: ।
तावत् स्थवीय: पुरुषस्य रूपं
क्रियावसाने प्रयत: स्मरेत ॥ १४ ॥

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Texto

yāvan na jāyeta parāvare ’smin
viśveśvare draṣṭari bhakti-yogaḥ
tāvat sthavīyaḥ puruṣasya rūpaṁ
kriyāvasāne prayataḥ smareta
yāvan na jāyeta parāvare ’smin
viśveśvare draṣṭari bhakti-yogaḥ
tāvat sthavīyaḥ puruṣasya rūpaṁ
kriyāvasāne prayataḥ smareta

Synonyms

Sinônimos

yāvat — as long as; na — does not; jāyeta — develop; para — transcendental; avare — mundane; asmin — in this form of; viśva-īśvare — the Lord of all worlds; draṣṭari — unto the seer; bhakti-yogaḥ — devotional service; tāvat — so long; sthavīyaḥ — the gross materialist; puruṣasya — of the virāṭ-puruṣa; rūpam — universal form; kriyā-avasāne — at the end of one’s prescribed duties; prayataḥ — with proper attention; smareta — one should remember.

yāvat — enquanto; na — não; jāyeta — desenvolve; para — transcendental; avare — mundano; asmin — nesta forma de; vīśva-īśvare — o Senhor de todos os mundos; draṣṭari — àquele que vê; bhakti-yogaḥ — serviço devocional; tāvat — enquanto; sthavīyaḥ — materialista grosseiro; puruṣasya — do virāṭ-puruṣa; rūpam — forma universal; kriyā-avasāne — ao concluir seus deveres prescritos; prayataḥ — com a devida atenção; smareta — deve lembrar-se.

Translation

Tradução

Unless the gross materialist develops a sense of loving service unto the Supreme Lord, the seer of both the transcendental and material worlds, he should remember or meditate upon the universal form of the Lord at the end of his prescribed duties.

Enquanto não passar a desenvolver serviço amoroso ao Senhor Supremo, o supervisor dos mundos transcendentais e materiais, o materialista grosseiro, sempre que concluir seus deveres prescritos, deve lembrar-se da forma universal do Senhor ou meditar nela.

Purport

Comentário

The Supreme Lord is the seer of all worlds, both material and transcendental. In other words, the Supreme Lord is the ultimate beneficiary and enjoyer of all worlds, as confirmed in the Bhagavad-gītā (5.29). The spiritual world is the manifestation of His internal potency, and the material world is the manifestation of His external potency. The living entities are also His marginal potency, and by their own choice they can live in either the transcendental or material worlds. The material world is not a fit place for living entities because they are spiritually one with the Lord and in the material world the living entities become conditioned by the laws of the material world. The Lord wants all living entities, who are His parts and parcels, to live with Him in the transcendental world, and for enlightening conditioned souls in the material world, all the Vedas and the revealed scriptures are there — expressly to recall the conditioned souls back home, back to Godhead. Unfortunately, the conditioned living entities, although suffering continually the threefold miseries of conditioned life, are not very serious about going back to Godhead. It is due to their misguided way of living, complicated by sins and virtues. Some of them who are virtuous by deeds begin to reestablish the lost relation with the Lord, but they are unable to understand the personal feature of the Lord. The real purpose of life is to make contact with the Lord and be engaged in His service. That is the natural position of living entities. But those who are impersonalists and are unable to render any loving service to the Lord have been advised to meditate upon His impersonal feature, the virāṭ-rūpa, or universal form. Some way or other, one must try to reestablish one’s forgotten relation with the Lord if one at all desires to gain real happiness in life, and to reclaim his natural unfettered condition. For the less intelligent beginners, meditation on the impersonal feature, the virāṭ-rūpa, or universal form of the Lord, will gradually qualify one to rise to personal contact. One is advised herewith to meditate upon the virāṭ-rūpa specified in the previous chapters in order to understand how the different planets, seas, mountains, rivers, birds, beasts, human beings, demigods and all that we can conceive are but different parts and limbs of the Lord’s virāṭ form. This sort of thinking is also a type of meditation on the Absolute Truth, and as soon as such meditation begins, one develops one’s godly qualities and the whole world appears to be a happy and peaceful residence for all the people of the world. Without such meditation on God, either personal or impersonal, all good qualities of the human being become covered with misconceptions regarding his constitutional position, and without such advanced knowledge, the whole world becomes a hell for the human being.

SIGNIFICADO—O Senhor Supremo é o supervisor de todos os mundos, tanto materiais quanto transcendentais. Em outras palavras, o Senhor Supremo é o beneficiário e desfrutador último de todos os mundos, como se confirma na Bhagavad-gītā (5.29). O mundo espiritual é uma manifestação de Sua potência interna, e o mundo material é uma manifestação de Sua potência externa. As entidades vivas também são Sua potência marginal, e elas próprias podem escolher viver no mundo material ou espiritual. O mundo material não é um lugar adequado para as entidades vivas porque elas têm a mesma natureza espiritual do Senhor, e, no mundo material, as entidades vivas ficam condicionadas às leis nele vigentes. O Senhor quer que todas as entidades vivas, que são Suas partes integrantes, vivam com Ele no mundo transcendental, e todos os Vedas e as escrituras reveladas servem para iluminar as almas condicionadas no mundo material – expressamente para convidar as almas condicionadas a voltar ao lar, a voltar ao Supremo. Infelizmente, as entidades vivas condicionadas, embora sofram continuamente as três classes de sofrimentos da vida condicionada, não levam muito a sério a sua volta ao Supremo. Isso se deve ao seu modo de vida aberrante, complicado por pecados e virtudes. Algumas delas, cujas ações são virtuosas, passam a restabelecer com o Senhor uma relação que se encontrava perdida, mas são incapazes de entender o aspecto pessoal do Senhor. O verdadeiro propósito da vida é entrar em contato com o Senhor e ocupar-se em servi-lO. Essa é a posição natural das entidades vivas. Contudo, recomenda-se que aqueles que são impersonalistas e não conseguem prestar nenhum serviço amoroso ao Senhor meditem em Seu aspecto impessoal, o virāṭ-rūpa, ou a forma universal. Se ainda deseja obter alguma felicidade na vida, a pessoa deve tentar, de alguma maneira, restabelecer com o Senhor a relação da qual havia se esquecido, em razão do que ela recuperará sua liberdade natural. Para os principiantes menos inteligentes, a meditação no aspecto impessoal, o virāṭ-rūpa, ou a forma universal do Senhor, aos poucos os qualificará a desenvolverem contato pessoal. Neste ponto, recomenda-se que a pessoa medite no virāṭ-rūpa especificado nos capítulos anteriores para entender como os diferentes planetas, mares, montanhas, rios, pássaros, animais selvagens, seres humanos, semideuses e tudo o que podemos conceber são apenas diferentes partes e membros da forma virāṭ do Senhor. Esse tipo de pensamento também é uma espécie de meditação na Verdade Absoluta, e, logo que essa meditação começa, a pessoa desenvolve suas qualidades divinas, e o mundo inteiro parece um lugar para toda a população do mundo morar feliz e pacífica. Sem essa meditação em Deus, pessoal ou impessoal, todas as boas qualidades dos seres humanos são cobertas por falsas concepções concernentes à sua posição constitucional, e, sem esse conhecimento avançado, o mundo inteiro torna-se um inferno para o ser humano.