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ŚB 4.21.7

Texto

sa evam ādīny anavadya-ceṣṭitaḥ
karmāṇi bhūyāṁsi mahān mahattamaḥ
kurvan śaśāsāvani-maṇḍalaṁ yaśaḥ
sphītaṁ nidhāyāruruhe paraṁ padam

Sinônimos

saḥ — o rei Pṛthu; evam — assim; ādīni — desde o começo; anava­dya — magnânimo; ceṣṭitaḥ — realizando vários trabalhos; karmāṇi­ — trabalho; bhūyāṁsi — repetidamente; mahān — grande; mahat­-tamaḥ — maior que o maior; kurvan — realizando; śaśāsa — gover­nou; avani-maṇḍalam — à superfície da Terra; yaśaḥ — reputação; sphītam — muito difundida; nidhāya — alcançando; āruruhe — foi ele­vado; param padam — aos pés de lótus do Senhor Supremo.

Tradução

O rei Pṛthu era mais grandioso do que as almas mais grandiosas e, portanto, adorável para todos. Ele realizou muitas atividades gloriosas governando a extensão do mundo e era sempre magnânimo. Após alcançar tão grande sucesso e uma reputação que se espalhava por todo o uni­verso, ele finalmente obteve os pés de lótus da Suprema Personali­dade de Deus.

Comentário

SIGNIFICADO—Um rei ou líder executivo responsável tem muitos deveres de grande responsabilidade para cumprir no governo dos cidadãos. O dever mais importante do monarca ou do governo é realizar vários sacrifícios, conforme prescrevem os textos védicos. O próximo dever do rei é garantir que todos os cidadãos cumpram os deveres prescritos de sua comunidade em particular. É dever do rei certificar que todos cumpram perfeitamente os deveres prescritos para as divisões de varṇa e āśrama da sociedade. Além disso, como o rei Pṛthu exemplificou, o rei deve cultivar a terra para produzir o máximo possível de grãos alimentícios.

Há diferentes classes de grandes personalidades – algumas grandes personalidades estão no grau positivo, outras no compara­tivo e outras no superlativo –, mas o rei Pṛthu excedeu todas. Portanto, ele é descrito aqui como mahat-tamaḥ, “maior do que o maior”. Mahārāja Pṛthu foi um kṣatriya, e cumpriu seus deveres de kṣatriya perfeitamente. Do mesmo modo, os brāhmaṇas, vaiśyas e śūdras podem desempenhar seus respectivos deveres perfeitamente e, assim, com o término desta vida, serem promovidos ao mundo transcendental, que se chama paraṁ padam. Somente é possível alcançar paraṁ padam, ou os planetas Vaikuṇṭha, através do serviço devocional. A região do Brahman impessoal também é chamada paraṁ padam, mas, a não ser que nos apeguemos à Personalidade de Deus, somos forçados a cair novamente da posição paraṁ padam impessoal, retornando ao mundo material. Afirma-se, portanto, que āruhya kṛcchreṇa paraṁ padam tataḥ: os impersonalistas esforçam-se muito arduamente para alcançar paraṁ padam, ou o brahmajyoti impessoal, mas, infeliz­mente, estando desprovidos de uma relação com a Suprema Per­sonalidade de Deus, eles recaem no mundo material. Se alguém voa no espaço exterior, pode subir muito alto, mas, a menos que alcance algum planeta, tem que retornar à Terra. Do mesmo modo, como os impersonalistas que alcançam o paraṁ padam do brahmajyoti impessoal não entram nos planetas Vaikuṇṭha, eles descem de novo a este mundo material, onde se refugiam em um dos planetas materiais. Mesmo que alcancem Brahmaloka, ou Satyaloka, todos esses planetas estão situados no mundo material.