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Text 37

VERSO 37

Devanagari

Devanagari

यै: स्वदेह: स्मृतोऽनात्मा मर्त्यो विट्कृमिभस्मवत् ।
त एनमात्मसात्कृत्वा श्लाघयन्ति ह्यसत्तमा: ॥ ३७ ॥

Text

Texto

yaiḥ sva-dehaḥ smṛto ’nātmā
martyo viṭ-kṛmi-bhasmavat
ta enam ātmasāt kṛtvā
ślāghayanti hy asattamāḥ
yaiḥ sva-dehaḥ smṛto ’nātmā
martyo viṭ-kṛmi-bhasmavat
ta enam ātmasāt kṛtvā
ślāghayanti hy asattamāḥ

Synonyms

Sinônimos

yaiḥ — by sannyāsīs who; sva-dehaḥ — own body; smṛtaḥ — consider; anātmā — different from the soul; martyaḥ — subjected to death; viṭ — becoming stool; kṛmi — worms; bhasma-vat — or ashes; te — such persons; enam — this body; ātmasāt kṛtvā — again identifying with the self; ślāghayanti — glorify as very important; hi — indeed; asat-tamāḥ — the greatest rascals.

yaiḥ — pelos sannyāsīs que; sva-dehaḥ — o próprio corpo; smṛtaḥ — consideram; anātmā — diferente da alma; martyaḥ — sujeito à morte; viṭ — tornando-se excremento; kṛmi — vermes; bhasma-vat — ou cinzas; te — semelhantes pessoas; enam — esse corpo; ātmasāt kṛtvā — voltando a se identificar com o eu; ślāghayanti — glorificam como muito importante; hi — na verdade; asat-tamāḥ — os maiores patifes.

Translation

Tradução

Sannyāsīs who first consider that the body is subject to death, when it will be transformed into stool, worms or ashes, but who again give importance to the body and glorify it as the self, are to be considered the greatest rascals.

Os sannyāsīs que inicialmente consideram que o corpo está sujeito à morte, após a qual ele se transformará em excremento, vermes ou cinzas, mas que voltam a dar importância ao corpo e glorificam-no como se este fosse o eu, devem ser considerados os piores patifes.

Purport

Comentário

A sannyāsī is one who has clearly understood, through advancement in knowledge, that Brahman — he, the person himself — is the soul, not the body. One who has this understanding may take sannyāsa, for he is situated in the “ahaṁ brahmāsmi” position. Brahma-bhūtaḥ prasannātmā na śocati na kāṅkṣati. Such a person, who no longer laments or hankers to maintain his body and who can accept all living entities as spirit souls, can then enter the devotional service of the Lord. If one does not enter the devotional service of the Lord but artificially considers himself Brahman or Nārāyaṇa, not perfectly understanding that the soul and body are different, one certainly falls down (patanty adhaḥ). Such a person again gives importance to the body. There are many sannyāsīs in India who stress the importance of the body. Some of them give special importance to the body of the poor man, accepting him as daridra-nārāyaṇa, as if Nārāyaṇa had a material body. Many other sannyāsīs stress the importance of the social position of the body as a brāhmaṇa, kṣatriya, vaiśya or śūdra. Such sannyāsīs are considered the greatest rascals (asattamāḥ). They are shameless because they have not yet understood the difference between the body and the soul and instead have accepted the body of a brāhmaṇa to be a brāhmaṇa. Brahmanism (brāhmaṇya) consists of the knowledge of Brahman. But actually the body of a brāhmaṇa is not Brahman. Similarly, the body is neither rich nor poor. If the body of a poor man were daridra-nārāyaṇa, this would mean that the body of a rich man, on the contrary, must be dhanī-nārāyaṇa. Therefore sannyāsīs who do not know the meaning of Nārāyaṇa, those who regard the body as Brahman or as Nārāyaṇa, are described here as asattamāḥ, the most abominable rascals. Following the bodily concept of life, such sannyāsīs make various programs to serve the body. They conduct farcical missions consisting of so-called religious activities meant to mislead all of human society. These sannyāsīs have been described herein as apatrapaḥ and asattamāḥ — shameless and fallen from spiritual life.

SIGNIFICADO—Sannyāsī é aquele que, através do avanço em conhecimento, entendeu claramente que o Brahman – ele, a própria pessoa – é a alma, e não o corpo. Quem possui essa compreensão pode aceitar sannyāsa, pois está situado na posição “ahaṁ brahmāsmi”. Brahma-bhūtaḥ prasannātmā na śocati na kāṅkṣati. Semelhante pessoa, que não mais se lamenta nem anseia manter seu corpo e pode aceitar todas as entidades vivas como almas espirituais, consegue, então, ingressar no serviço devocional ao Senhor. Se alguém não se adentra no serviço devocional ao Senhor, mas artificialmente se considera Brahman ou Nārāyaṇa, pois não compreende na íntegra que a alma e o corpo são diferentes, decerto cairá (patanty adhaḥ). Essa pessoa novamente dá importância ao corpo. Na Índia, existem muitos sannyāsīs que sublinham a importância do corpo. Alguns deles conferem especial valor ao corpo do homem pobre, aceitando-o como daridra-nārāyaṇa, como se Nārāyaṇa tivesse um corpo material. Muitos outros sannyāsīs enfatizam a posição social do corpo, dando muita atenção ao fato de ele pertencer a um brāhmaṇa, kṣatriya, vaiśya ou śūdra. Esses sannyāsīs são considerados como os maiores patifes (asattamāḥ). Eles são sujeitos desavergonhados porque ainda não compreenderam a diferença entre o corpo e a alma e, em vez disso, aceitam o corpo de um brāhmaṇa como sendo um brāhmaṇa. O bramanismo (brāhmaṇya) consiste em a pessoa conhecer o Brahman. Mas, na verdade, o corpo de um brāhmaṇa não é Brahman. Igualmente, o corpo não é rico nem pobre. Se o corpo de um homem pobre fosse daridra-nārāyaṇa, por outro lado, isso insinuaria que o corpo de um homem rico deveria ser dhanī-nārāyaṇa. Portanto, os sannyāsīs que não sabem o que vem a ser Nārāyaṇa, aqueles que tratam o corpo por Brahman ou Nārāyaṇa, são aqui descritos como asattamāḥ, patifes dos mais abomináveis. Seguindo o conceito de vida corpórea, esses sannyāsīs empreendem vários programas para servir ao corpo. Eles realizam missões farsantes que consistem em aparentes atividades religiosas destinadas a desencaminhar toda a sociedade humana. Nesta passagem, esses sannyāsīs são descritos como apatrapaḥ e asattamāḥ – descarados e caídos da vida espiritual.