Skip to main content

ŚB 10.50.50-53

Texto

dṛśyate yatra hi tvāṣṭraṁ
vijñānaṁ śilpa-naipuṇam
rathyā-catvara-vīthībhir
yathā-vāstu vinirmitam
sura-druma-latodyāna-
vicitropavanānvitam
hema-śṛṅgair divi-spṛgbhiḥ
sphaṭikāṭṭāla-gopuraiḥ
rājatārakuṭaiḥ koṣṭhair
hema-kumbhair alaṅkṛtaiḥ
ratna-kūtair gṛhair hemair
mahā-mārakata-sthalaiḥ
vāstoṣpatīnāṁ ca gṛhair
vallabhībhiś ca nirmitam
cātur-varṇya-janākīrṇaṁ
yadu-deva-gṛhollasat

Sinônimos

dṛśyate — era visto; yatra — em que; hi — de fato; tvāṣṭram — de Tvaṣṭā (Viśvakarmā), o arquiteto dos semideuses; vijñānam — o conhecimento científico; śilpa — em arquitetura; naipuṇam — a perí­cia; rathyā — com avenidas principais; catvara — quintais; vīthībhiḥ — e estradas comerciais; yathā-vāstu — em amplos lotes de terra; vinirmitam — construídas; sura — dos semideuses; druma — tendo árvores; latā — e trepadeiras; udyāna — jardins; vicitra — esplêndidos; upava­na — e parques; anvitam — contendo; hema — de ouro; śṛṅgaiḥ — tendo picos; divi — o céu; spṛgbhiḥ — que tocavam; sphaṭikā — de quartzo de cristal; aṭṭāla — com níveis superiores; gopuraiḥ — com portais; rāja­ta — de prata; ārakulaiḥ — e latão; koṣṭhaiḥ — com tesourarias, armazéns e estábulos; hema — de ouro; kumbhaiḥ — por vasos; alaṅkṛtaiḥ — decoradas; rama — de joias; kūtaiḥ — tendo picos; gṛhaiḥ — com casas; hemaiḥ — de ouro; mahā-mārakata — de esmeraldas preciosas; stha­laiḥ — com pisos; vāstoḥ — das casas; patīnām — que pertenciam às deidades regentes; ca — e; gṛhaiḥ — com templos; vallabhībhiḥ — com torres de vigia; ca — e; nirmitam — construídas; cātuḥ-varṇya — as quatro ordens ocupacionais; jana — de pessoas; ākīrṇam — repleta; yadu-deva — do Senhor dos Yadus, Śrī Kṛṣṇa; gṛha — pelas residên­cias; ullasat — embelezada.

Tradução

Na construção daquela cidade, podiam-se ver o pleno conheci­mento científico e habilidade arquitetônica de Viśvakarmā. Havia largas avenidas, vias comerciais e quintais dispostos em amplos lotes de terra; havia parques esplêndidos e também jardins cheios de árvores e trepadeiras dos planetas celestiais. As torres dos portais eram coroadas com torreões de ouro que tocavam o céu, e suas extremidades eram feitas de quartzo de cristal. As casas revestidas de ouro eram adornadas na frente com vasos doura­dos e, no alto, com telhados de joias, e seus pisos eram incrustados de esmeraldas preciosas. Ao lado das casas erguiam-se tesoura­rias, armazéns e estábulos para cavalos de raça, tudo construí­do de prata e latão. Cada residência tinha uma torre de vigia e também um templo para a deidade da família. Repleta de cida­dãos de todas as quatro ordens sociais, a cidade era especialmen­te embelezada pelos palácios de Śrī Kṛṣṇa, o Senhor dos Yadus.

Comentário

SIGNIFICADO—Śrīla Śrīdhara Svāmī explica que as estradas federais (rathyāḥ) ficavam na frente, e as vias secundárias (vīthyaḥ) ficavam atrás, e, entre elas, ficavam os pátios (catvarāṇi). Dentro desses quintais, havia muros ao redor, e, dentro dos muros, erguiam-se residências feitas de ouro, sobre as quais brilhavam torres de vigia de cristal coroadas com vasos doura­dos. Dessa maneira, os edifícios tinham muitos andares. A palavra vāstu indica que as casas e edifícios eram construídos em terrenos amplos, com bastante espaço para áreas verdes.